Amor e o Lar
Pensei em fazer-lhe uma visita. Mas como conciliar o
meu tempo com o seu?!
Pensei em telefonar-lhe... Mas como saber de sua
disponibilidade para um colóquio?! Então, resolvi falar-lhe pela escrita a seus
olhos, onde, em sua hora de reflexão, poderá analisar nas entrelinhas, as
minhas idéias sobre a vida.
Quero enfocar um tema, onde creio ser fundamental e
essencial na vida da humanidade; o amor e o lar.
O lar é um templo que deve ser sustentado por duas
colunas, cada uma na sua posição, para que realmente haja apoio. Se as colunas
se aconchegarem em demasia, o templo pode desabar, por isso, devemos viver
juntos, mas não ocupando o espaço do outro. O amor tem por objetivo a união e
não a fusão dos seres.
Uma coluna não pode sobrepujar a outra, é preciso que
cada uma permaneça em seu espaço projetado, sem fazer sombra uma para a outra.
O verdadeiro amor é aquele que compreende, perdoa e renuncia. Em nome do amor,
deve-se estender a mão para oferecer apoio, deve-se propiciar segurança,
confiança e afeto.
O amor é um sentimento que transcende a qualquer
outro, ou prioridade de projetos existencialistas dentro do universo. Ele se
consolidou na trindade, e desde então, continua produzindo, ampliando e
alimentando o crescimento da união em toda a humanidade.
A palavra amor é pequena, mas não ímpar, pois é
formada por quatro letras, duas vogais e duas consoantes, denominando um
sentimento que une uma infinidade de seres vivos. O amor é o mais forte e o mais importante, concebendo
o ser humano que o cultiva, transmitindo a todos, numa intensidade envolvente
que o garante a felicidade compensadora.
O amor não tem preço, não exige qualquer sacrifício, é
espontâneo e prazeroso na intercessão humana. Ele nos habilita a interpretar e
a entender todas as causas e seus efeitos desenvolvidos nos demais sentimentos.
Não temos tudo que amamos, mas devemos amar tudo que
temos. Por isso, precisamos nos manter constantemente em vigília, monitorando
nosso sexto sentido, o “extrassensorial”, que num pequeno descuido, poderá
desviar-nos da rota da felicidade. Necessitamos nos atualizar e aprimorar em
todos os segmentos da aprendizagem, pois o nosso mundo continua cada vez mais
rápido a metamorfosear-se e se descuidarmos nos perderemos no imprevisível e
maravilhoso percurso da vida.
“Eu não ensino a ninguém, mas esforço-me, ajudando a
alguém a aprender.”
Roberto Jardim
01/07/2004