EMPRESA

Empresa! Sim, sou uma empresa, que não nasceu de um projeto “substancialista”, mas de uma matriz geradora de dez filiais. Como intrinsecamente fui gerado, também devo planejar estrategicamente a trajetória de minhas pretensões para taticamente executar meus sonhos, transformando-os em realidades.
            No organograma de minha empresa comandada pela mente, situada e desenvolvida dentro do cérebro, segue o tronco ou casa das máquinas geradora de energia que movimenta todos os outros departamentos constituídos dos membros superiores e inferiores, como também os sentidos perceptíveis e sensoriais.
            Minha mente, como gestora da empresa, não pode parar a não ser naquelas horas de reconstituição das energias, em que recomponho minhas forças energéticas no comando de todos os departamentos.
            Constantemente estamos em reunião, todos os cincos sentidos da percepção sendo avaliados pelo extra-sensorial e coração, para que a gestora tome as decisões cabíveis ao desenvolvimento de qualquer projeto em andamento.
            Para que haja uma boa projeção empresarial, necessito conhecer e acompanhar, monitorando todos os departamentos, para que sejam eficientes nas habilidades executivas das ordens recebidas. Só assim, lograrei êxito em minhas ações e descobrirei que entre as inúmeras utilidades de minhas pernas, está a locomoção da empresa até o alcance da visão, da audição e do tato, onde poderei analisar e desenvolver uma logística encadeada na objetividade da empresa.
            Minhas mãos são extensões de minha mente. E minha mente é uma universidade que “diversificadamente” procura alcançar todos os segmentos de uma longa existência racional. Assim, executa muito dos comandos indispensáveis nas concretizações de inúmeros “abstratismo” existentes. Pois, instintivamente, levo a mão ao contato de qualquer área de meu corpo, onde “desentoadamente” se manifesta em dor ou mal-estar em meu organismo, parecendo-me que com este gesto, irei me acalmar, apaziguando a irregularidade causada por distúrbios desconhecidos.
            Ao aplaudir alguém numa manifestação de palmas, transmito uma pressuposta energia positiva instituída nos atritos das mãos que ao se tocarem e produzem um som característico.  Tanto o som quanto o contato, me leva a interpretar e a pressupor a positividade e a negatividade que tanto poderá elevar a auto-estima, quanto desencadear uma depressão derrotista.
            Minhas mãos conduzem e transmitem a energia enviada pela mente, seja ao apoiar alguém ou transmitindo um alento através de mensagens escritas. As mãos transmitem afagos, carinhos e amor, dando ênfase as minhas palavras e ao se unirem consolida minha fé.
            Não posso deixar a vida me levar a seu bel-prazer. Eu é que preciso me habilitar para conduzi-la num percurso sem derivas, evitando assim, os contratempos que possa me levar a uma interrupção de projetos que necessito executar num tempo hábil preestabelecido. 

                “Eu não ensino a ninguém, mas esforço-me, ajudando a alguém a aprender.”                                                                                                       
 Roberto Jardim

                                                                                                                                        06/10/04