Percepções
Divagando em meu mundo
imaginário, encontro na Mitologia Grega um personagem totalmente alheio às
percepções, mas um elo importante na união de corações que aprendem a
desenvolver o mais importante dos sentimentos: “o amor”. Este personagem nunca
enxergou, mas sempre acertou suas mágicas flechas no alvo carente. “O Cupido”.
Então, optei pela
transmissão de pensamentos, no intuito da fixação dos sentidos perceptíveis e
por navegar no mundo da imaginação, formalizando idéias geradas pela intuição.
A distância pode separar os
corpos físicos, mas não o importante, a essência de um ser. Portanto, não deixe
a presença da ausência influenciar na imaginação da ausência da presença; pois
quando não houver as percepções das concretizações, utilize o “abstratismo” da
imaginação que tem o poder de formalizar sonhos “sinonimizados” em esperanças
das realizações necessárias.
Não
devemos fazer de nossa vida um rascunho, pois poderá não haver tempo para
passar a limpo. Assim sendo, devemos nos prevenir, monitorando as causas para
não surtirem efeitos desastrosos que dependerão da correção envolvente na
reconstituição daquilo que nunca será o original dentro da perfeição.
Muitas vezes, nos deparamos com alguém
que nossa percepção visual nos revela uma beleza deslumbrante, entretanto,
quando esse alguém emite o som de seu pensamento, a percepção auditiva nos
mostra que o som não condiz com a imagem.
No entanto, quando estamos
totalmente absorto ou profundamente envolvido numa leitura, e ouvimos uma voz
ao nosso lado, chama-nos a atenção, por ser um som agradável e de um conteúdo
coloquial que eleva nossa mente interligar ao coração.
Neste momento giramos a
cabeça a procura de visualizar alguém emitente da voz, e mesmo que esse alguém
não possua a beleza externa deslumbrantemente, o auditivo prepara a visão na
percepção da beleza interna aflorando a externa.
Então, ao aproximarmos,
somos atraídos pelas essências perceptivas do olfato que leva-nos ao tato (aquele
contato físico) onde nos faz estremecer, agitando nosso coração. Neste momento,
confirma a aprovação dos quatro sentidos da percepção, faltando apenas o
paladar que é concretizado com o beijo na boca, que quimicamente agita o
coração interligando a mente e movimentando o extrassensorial na análise e
identificação do sentimento que se inicia na união de dois seres.
“Eu não ensino a ninguém, mas esforço-me, ajudando a
alguém a aprender.”
Roberto Jardim
13/09/2004