Carta Justificativa

Olá!  Hoje eu quero apenas justificar-me por ter enviado alguns textos para o seu endereço, onde tenho falado aos seus olhos por intermédio das mensagens ditas pelo meu coração no intuito de transmitir amor, paz e alegria na constituição da felicidade almejada e merecida por toda sua família e o ciclo de amizade circundante em sua sociedade.
Talvez seja por eu sentir a falta do calor humano, por eu encontrar em minha caixa de correspondência apenas cobranças, como: “água, luz, telefone, impostos etc.” e nunca aquela essência do coração humano representada pela escrita que chega para aliviar as tensões das responsabilidades cotidianas é que me lancei como aquele beija-flor que leva no bico, uma gota de água para apagar o incêndio da floresta.
Pensando em ditos populares, como: “Quem tem um limão, faça dele uma limonada”, lembrei-me da ostra que consegue pegar todas as impurezas capazes de destruí-la, transformando-as numa linda pérola, assim esforço-me na educação e na amabilidade ao meu semelhante, mesmo que o encontre assoberbado em problemas que o transforme numa grosseria em pessoa, devo manter-me educado e amável com ele, pois se eu me tornar grosseiro como ele, estarei sendo vencido por sua grosseria e não o vencendo com minha educação.
Muitas vezes erramos por não sabermos controlar a dosagem dos benefícios tecnológicos que adquirimos; por exemplo, nossos filhos exageram no tempo em frente à televisão, videogame ou mesmo brincando num computador, onde a interação é apenas entre um ser humano e uma máquina, não sobrando tempo para um relacionamento social.  Claro que ficamos tranqüilos em ver nossos filhos dentro de nosso lar, fora do perigo, dos contratempos da vida; mas corremos o risco de estarmos preparando máquinas humanas para o futuro.
Uma criança ao brincar de bola, de boneca ou qualquer atividade que possam movimentar tantas outras que necessitam de sua interação no intercâmbio de experiências, só poderá transformar-se em grande personagem de nossa história social, numa espiritualidade criativa e feliz para a transformação de nosso universo.
Não sou anacrônico, nem antagônico, mas se não soubermos usar a máquina, ela poderá transformar-nos num robô deficiente espiritualmente, onde desconhecemos a beleza da vida, desfrutando apenas do egoísmo que transforma o próprio ser humano que é um composto de almas, espiritualmente alegre e lacrimal envolvente na interação social.
 Roberto Jardim

                                                                                                                   28/11/2004