Infância, Adolescência
e Maturidade.
Nasci
com duplo aspecto. Mente e corpo indissoluvelmente unido numa unidade
denominada organismo, e como membro de um grupo social. Como organismo, nasci
dotado de certa estrutura e potencialidades. Nasci também numa família, em um
grupo social (que me transmitiu noções de atitudes, valores, informações). Submeti
a um longo processo de socialização, mediante o qual o meu organismo se
transformou em pessoa.
Na infância, não tive
consciência de meu passado. Embora começasse a protagonizar minha própria história.
Sonhando e conhecendo a esperança, elevou-me ao otimismo das realizações de
meus sonhos, tornando-me um entusiasta impaciente e ansioso por realizações.
Cada experiência bem
sucedida na concretização de meus sonhos leva-me a divagar no espaço e no tempo,
onde busco novas descobertas despertadas pelas percepções que transmitem ao meu
cérebro. As informações contidas em histórias infantis e deliberadamente à
construção de meu positivismo e otimismo, me impulsiona a desvendar o amanhã. Aprendi
e tornei-me capaz de compreender melhor o significado das coisas, palavras e
acontecimentos, passando a agir adequadamente em relação aos objetos e pessoas
do ambiente.
Na adolescência, eu
desconhecia o retrocesso e a essência da vida. Todavia, esta fase de
transformações em que os hormônios agitadamente elevavam a minha anatomia, deu uma
definição estrutural ao meu corpo físico. Lançou-me às indefinições do certo e do
errado. Contudo, essas indefinições me levaram a sonhar e elaborar projetos para
a concretização dos sonhos, sempre errando, mas tentando acertar.
Na maturidade, aprendi a ser
adaptativo ao meio físico, geográfico, biológico; meios sociais, culturais e
comigo mesmo; de corpo e alma, pois “EU ME AMO!” e dependo das demonstrações de
segurança e afeto, tão essenciais para mim. Sendo assim, explico o meu
comportamento, uma vez que sou um ser social e preciso de outro ser para
sobreviver. Sinto necessidades de relações afetivas, de ser amado e me sentir
inserido no contexto afetivo-social. Quero e preciso ser útil e estimado por
isso.
Meu sucesso ou fracasso na
vida depende de minha autoestima e autoconfiança que tenho em mim mesmo,
procurando valorizar-me e merecer o reconhecimento dos outros. Buscando
realizar meus sonhos, ideais e objetivos, necessito não como total ou parcial,
mas ser feliz enquanto busco. Como num amor platônico vibro durante as
conquistas.
À medida que vou desenvolvendo e
amadurecendo, surgem as preocupações, causadas pela dificuldade de “digerir”
minhas emoções. Na maturidade, penso ser suficientemente inteirado da verdade e
conhecedor do destino, deixando-me vulnerável aos contratempos e forçando-me a
olhar mais para trás do que para frente, atrasando minha caminhada e
enfatizando a obscuridade da depressão.
A depressão e a regressão são expressões de tristeza, medo
e desamor que bloqueiam minha mente, impedindo minha caminhada em direção ao
futuro. Porque a depressão angaria todas as decepções e insucessos do passado,
levando-me às lágrimas e à contração muscular facial, causando-me flacidez e
possíveis rugas denotativas da velhice.
Uma
das causas da depressão é a “lavagem cerebral”, que é a repetição de um mesmo
tema a ser instituído na pauta do pensamento. Portanto, ao entrar em contato
com qualquer departamento da mídia irei selecionar o que assistir ler ou ouvir.
Assim, evitarei enfocar somente a parte catastrófica e ilícita; eliminando tudo
que poderá me levar ao caminho do mal: praticando o ato de ignorar ou impedir o
bem-estar de meu semelhante. A mente que apenas cultiva o mal nunca poderá
alcançar o sucesso seguro na construção do futuro.
“Eu não ensino a ninguém, mas esforço-me, ajudando a alguém a aprender.”
Roberto Jardim
24/04/2005